quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Clima limpo

Brasil crescerá mais rápido com trajetória verde e limpa
Bruno Villas Bôas para O Globo

A conclusão importante do estudo "Economia da Mudança do Clima no Brasil: custos e oportunidades", publicado hoje no GLOBO, é que a economia brasileira crescerá mais, e não menos, com uma trajetória mais limpa.
O estudo mostra que os impactos da mudança climática podem reduzir em 0,5% a 2,3% o crescimento do PIB brasileiro nos próximos 40 anos. Isso significaria perda de R$ 719 bilhões a R$ 3,6 trilhões ao longo de quatro décadas. Equivaleria a jogar fora pelo menos um ano inteiro de crescimento econômico.
O impacto climático provocaria, por exemplo, uma redução de 29,3% a 31,5% na geração de energia hidrelétrica. Na agropecuária, todas as culturas terão perda de produção, com exceção da cana-de-açúcar.
O estudo afirma ainda que "os custos e riscos potenciais da mudança do clima para o Brasil seriam ponderáveis e pesariam mais sobre as populações pobres do Norte e Nordeste, de modo que políticas de proteção social nestas regiões devem ser reforçadas".
O documento será oficialmente lançado nesta quarta-feira às 15h. Ele mobilizou muita gente. O Embrapa estudava a questão da perspectiva da agricultura. O Inpe da perspectiva climática, cientifica. Todos se reuniram nesse trabalho com o Banco Mundial para fazer o cenário brasileiro.
Os técnicos que fizeram o relatório pedem fontes mais limpa de energia, investimento em pesquisa agrícola de ponta (em particular na modificação genética de cultivares), estancar o desmatamento da Amazônia, entre outras medidas para combater as mudanças climáticas.
A Inglaterra já tinha feito essa conta com o professor britânico Lord Nicholas Stern Brentford, ex-economista-chefe do Banco Mundial e uma das maiores autoridades em aquecimento global no mundo. Ele fez o primeiro estudo mostrando custo de não fazer nada contra mudança climática.


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