Solto Leone. Ex saxofonista de igreja. Barbeiro. Solteiro, filho único. E que há três meses bateu com uma barra de ferro na cabeça de um homem desmaiado em Joinville. Já está leve, livre e solto. Esta é a justiça brasileira em ação…
Cosme Rímoli (*)
Uma salva de palmas para a justiça brasileira...
Na segunda-feira liberou os três invasores do Parque São Jorge.
De um grupo de quase 200.
Que arrombou a cerca, ameaçou quebrar as pernas de Pato e Sheik.
Esganaram uma funcionária da cozinha e Guerrero.
Hoje em Joinville acaba de ser libertado Leone Mendes da Silva.
Ele foi o símbolo da barbárie no final de 2013.
Na última rodada do Brasileiro.
Na guerra entre as organizadas de Vasco e Atlético Paranaense.
Enquanto os seguranças contratados fugiam, os bárbaros se encontraram.
E entre tanta selvageria transmitida ao vivo, Leone ganhou o troféu.
Conseguiu se destacar.
Ao bater com uma barra de ferro na cabeça de um torcedor atleticano.
Detalhe, ele estava caído no chão.
Mas a brava justiça brasileira o deteve por longos dois meses.
Acaba de ser libertado.
Para voltar ao Rio de Janeiro.
Aos braços da torcida organizada vascaína.
Ele tem 23 anos.
Ex-saxofonista de igreja.
É barbeiro.
Filho único, solteiro.
Sua grande paixão sempre foi acompanhar aos jogos do Vasco.
Junto com a organizada Força Jovem.
Está livre para seguir na sua rotina.
Se fosse na rua que alguém pegasse uma barra de ferro...
E decidisse bater na cabeça de alguém, seria preso imediatamente.
Por tentativa óbvia de homicídio.
Mas os estádios de futebol viraram território sem lei.
Quem sabe alguém imaginou que Leone estivesse penteando o cabelo do rival?
Só que em vez de pente, uma barra de ferro com um prego na ponta.
Vai ver que é moda em Berlim...
Cada vez que uma situação dessas acontece, o enredo é o mesmo.
O agressor é saudado como um herói na sua organizada.
Quanto mais selvagem a ação que participou, mais orgulho.
Ao soltar Leone, a justiça brasileira estimula vândalos, criminosos.
Fica claro que este país é o lar da impunidade.
O que alguém precisa fazer em um estádio para ser preso de verdade?
Ninguém sabe.
Enquanto isso, a presidente Dilma Rousseff repete sem parar.
"O Brasil fará a Copa das Copas. O nosso país é pacífico, ordeiro, festeiro."
Ela está completamente fora da realidade.
Parece falar da Suíça.
Leone hoje, os corintianos, segunda-feira.
Tem sido assim ao longo dos anos.
"O que incentiva cada vez mais as brigas nos estádio todos sabem. É a impunidade. O torcedor briguento sabe que ele é preso hoje. E a amanhã está na rua. Na próxima briga ele será mais violento. A legislação brasileira é um grande estímulo."
Sabias palavras de Moacir Bianchi.
Ele é um dos fundadores da Torcida Mancha Verde do Palmeiras.
Quando os estádios eram muito mais calmos.
"Quando a briga era na mão. Não essa covardia de hoje em dia", relembra.
Não há nem palavras para qualificar o que aconteceu em Joinville.
Um homem caído, desmaiado.
E outro com uma barra de ferro com um prego na ponta.
Batendo na cabeça do homem sem sentido.
Ficou preso três meses...
Leone logo estará nos estádios novamente.
Tomara que longe das barras de ferro.
Para o bem da saúde dos adversários do Vasco.
Esse é o Brasil da "Copa das Copas"...
(*) Jornalista e comentarista esportivo
Cosme Rímoli (*)
Uma salva de palmas para a justiça brasileira...
Na segunda-feira liberou os três invasores do Parque São Jorge.
De um grupo de quase 200.
Que arrombou a cerca, ameaçou quebrar as pernas de Pato e Sheik.
Esganaram uma funcionária da cozinha e Guerrero.
Hoje em Joinville acaba de ser libertado Leone Mendes da Silva.
Ele foi o símbolo da barbárie no final de 2013.
Na última rodada do Brasileiro.
Na guerra entre as organizadas de Vasco e Atlético Paranaense.
Enquanto os seguranças contratados fugiam, os bárbaros se encontraram.
E entre tanta selvageria transmitida ao vivo, Leone ganhou o troféu.
Conseguiu se destacar.
Ao bater com uma barra de ferro na cabeça de um torcedor atleticano.
Detalhe, ele estava caído no chão.
Mas a brava justiça brasileira o deteve por longos dois meses.
Acaba de ser libertado.
Para voltar ao Rio de Janeiro.
Aos braços da torcida organizada vascaína.
Ele tem 23 anos.
Ex-saxofonista de igreja.
É barbeiro.
Filho único, solteiro.
Sua grande paixão sempre foi acompanhar aos jogos do Vasco.
Junto com a organizada Força Jovem.
Está livre para seguir na sua rotina.
Se fosse na rua que alguém pegasse uma barra de ferro...
E decidisse bater na cabeça de alguém, seria preso imediatamente.
Por tentativa óbvia de homicídio.
Mas os estádios de futebol viraram território sem lei.
Quem sabe alguém imaginou que Leone estivesse penteando o cabelo do rival?
Só que em vez de pente, uma barra de ferro com um prego na ponta.
Vai ver que é moda em Berlim...
Cada vez que uma situação dessas acontece, o enredo é o mesmo.
O agressor é saudado como um herói na sua organizada.
Quanto mais selvagem a ação que participou, mais orgulho.
Ao soltar Leone, a justiça brasileira estimula vândalos, criminosos.
Fica claro que este país é o lar da impunidade.
O que alguém precisa fazer em um estádio para ser preso de verdade?
Ninguém sabe.
Enquanto isso, a presidente Dilma Rousseff repete sem parar.
"O Brasil fará a Copa das Copas. O nosso país é pacífico, ordeiro, festeiro."
Ela está completamente fora da realidade.
Parece falar da Suíça.
Leone hoje, os corintianos, segunda-feira.
Tem sido assim ao longo dos anos.
"O que incentiva cada vez mais as brigas nos estádio todos sabem. É a impunidade. O torcedor briguento sabe que ele é preso hoje. E a amanhã está na rua. Na próxima briga ele será mais violento. A legislação brasileira é um grande estímulo."
Sabias palavras de Moacir Bianchi.
Ele é um dos fundadores da Torcida Mancha Verde do Palmeiras.
Quando os estádios eram muito mais calmos.
"Quando a briga era na mão. Não essa covardia de hoje em dia", relembra.
Não há nem palavras para qualificar o que aconteceu em Joinville.
Um homem caído, desmaiado.
E outro com uma barra de ferro com um prego na ponta.
Batendo na cabeça do homem sem sentido.
Ficou preso três meses...
Leone logo estará nos estádios novamente.
Tomara que longe das barras de ferro.
Para o bem da saúde dos adversários do Vasco.
Esse é o Brasil da "Copa das Copas"...
(*) Jornalista e comentarista esportivo
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