Exército vira sinônimo de corrupção e incompetência por causa de obras na BR-163
Paulo Leandro Leal (*)
Foi-se o tempo que o Exército era sinônimo de competência, retidão e ética em nossa região. A disciplina rígida dos quartéis parecia ser uma arma contra males tão comuns na administração pública. Graças a um esforço contínuo e continuado do Batalhão de Engenharia e Construção de Santarém (8º BEC) e, mais recentemente do 9º BEC de Cuiabá, o Exército se tornou sinônimo de incompetência e, o que é pior, corrupção.
O 8º BEC é o responsável pela manutenção e construção de um trecho de 217 quilômetros da Rodovia BR-163, entre as cidades de Santarém e Rurópolis. E parece fazer um esforço absurdo para nunca concluir a pavimentação. A manutenção da estrada é precária.
O senso comum que prevalece na região é que um mar da lama e corrupção encobre o trabalho do 8º BEC, causando prejuízos incalculáveis à sociedade regional.
O ritmo das obras tocadas pelo 8º BEC é risível. Se colocassem os bichos preguiça da Amazônia para tocar as obras, talvez já teríamos a mesma concluída.
Antigamente, se pensava que o BEC era lento, mas ao menos as obras eram de qualidade. Isso não procede mais. A qualidade da pavimentação entregue pelo Exército é péssima. Em muitos trechos, o asfalto entregue em menos de dois anos já está completamente esburacado, ou mesmo destruído.
A pergunta que não cala: Para onde foram os recursos liberados pelo governo?
A participação do 8º BEC neste trecho da rodovia é uma verdadeira caixa preta.
Milhões e milhões de reais em recursos públicos já foram liberados, mas o que se vê são obras de má qualidade e lentas. Outro problema grave: os aterros feitos pelo Exército, em sua maioria, estão cedendo, provocando deformações na estrada e causando até mesmo acidentes. Não se sabe se os engenheiros do BEC fugiram da escola, ou se trata mesmo de desvio de recursos e uso de material de má qualidade.
Enquanto isso, entre o quilômetro 30 e a cidade de Itaituba, o 9º BEC também dá demonstrações claras de absoluta incompetência. Um aterro feito chegando a Miritituba cedeu há quase dois anos, pois foi feito fora das especificações.
Um enorme buraco surgiu no meio da pista.
O BEC fez porcamente um desvio, que oferece risco a todos que trafegam por ali.
Várias pessoas morreram em acidentes e, mais recentemente, diversas carretas transportando soja tombaram. O local é mal sinalizado.
Enquanto isso, em Mirirituba, milhões em equipamentos do 9º BEC apodrecem sob o Sol e a chuva, sem qualquer medida para evitar isso.
Apesar das demonstrações claras de incapacidade técnica, financeira e administrativa de estar à frente destas obras, ninguém faz nada. Ninguém se atreve a investigar o uso dos recursos pelo Exército. O Ministério Público Federal, que tem poder para investigar, nunca fez nada. Os políticos da região não se mexem. Enquanto isso, o Exército continua à frente das obras, sem dar qualquer satisfação à sociedade. E o povo que mora nas margens desta rodovia sofre, calado.
Até quando?
(*) Jornalista e agora também empresário
Paulo Leandro Leal (*)
Foi-se o tempo que o Exército era sinônimo de competência, retidão e ética em nossa região. A disciplina rígida dos quartéis parecia ser uma arma contra males tão comuns na administração pública. Graças a um esforço contínuo e continuado do Batalhão de Engenharia e Construção de Santarém (8º BEC) e, mais recentemente do 9º BEC de Cuiabá, o Exército se tornou sinônimo de incompetência e, o que é pior, corrupção.
O 8º BEC é o responsável pela manutenção e construção de um trecho de 217 quilômetros da Rodovia BR-163, entre as cidades de Santarém e Rurópolis. E parece fazer um esforço absurdo para nunca concluir a pavimentação. A manutenção da estrada é precária.
O senso comum que prevalece na região é que um mar da lama e corrupção encobre o trabalho do 8º BEC, causando prejuízos incalculáveis à sociedade regional.
O ritmo das obras tocadas pelo 8º BEC é risível. Se colocassem os bichos preguiça da Amazônia para tocar as obras, talvez já teríamos a mesma concluída.
Antigamente, se pensava que o BEC era lento, mas ao menos as obras eram de qualidade. Isso não procede mais. A qualidade da pavimentação entregue pelo Exército é péssima. Em muitos trechos, o asfalto entregue em menos de dois anos já está completamente esburacado, ou mesmo destruído.
A pergunta que não cala: Para onde foram os recursos liberados pelo governo?
A participação do 8º BEC neste trecho da rodovia é uma verdadeira caixa preta.
Milhões e milhões de reais em recursos públicos já foram liberados, mas o que se vê são obras de má qualidade e lentas. Outro problema grave: os aterros feitos pelo Exército, em sua maioria, estão cedendo, provocando deformações na estrada e causando até mesmo acidentes. Não se sabe se os engenheiros do BEC fugiram da escola, ou se trata mesmo de desvio de recursos e uso de material de má qualidade.
Enquanto isso, entre o quilômetro 30 e a cidade de Itaituba, o 9º BEC também dá demonstrações claras de absoluta incompetência. Um aterro feito chegando a Miritituba cedeu há quase dois anos, pois foi feito fora das especificações.
Um enorme buraco surgiu no meio da pista.
O BEC fez porcamente um desvio, que oferece risco a todos que trafegam por ali.
Várias pessoas morreram em acidentes e, mais recentemente, diversas carretas transportando soja tombaram. O local é mal sinalizado.
Enquanto isso, em Mirirituba, milhões em equipamentos do 9º BEC apodrecem sob o Sol e a chuva, sem qualquer medida para evitar isso.
Apesar das demonstrações claras de incapacidade técnica, financeira e administrativa de estar à frente destas obras, ninguém faz nada. Ninguém se atreve a investigar o uso dos recursos pelo Exército. O Ministério Público Federal, que tem poder para investigar, nunca fez nada. Os políticos da região não se mexem. Enquanto isso, o Exército continua à frente das obras, sem dar qualquer satisfação à sociedade. E o povo que mora nas margens desta rodovia sofre, calado.
Até quando?
(*) Jornalista e agora também empresário
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