quarta-feira, 4 de novembro de 2009

2010 - Ano Eleitoral de Obras


Deixei passar o assunto depois de digeri-lo internamente por 2 dias.
Não é de desconhecimento que o feriado de 2 de Novembro é em homenagem aos mortos.
Entes queridos, parentes diretos, amigos fraternos , enfim pessoas que deixaram saudades, deixaram sua marca pessoal e na sociedade.
Independente da crença, da religiosidade de cada um, milhares e milhares de pessoas acorrem aos cemitérios para ficar algum tempo perto do último lugar aonde esse ente querido foi deixado. Pode ser um túmulo suntuoso ou apenas uma lápide com o nome, data de nacimento e de morte. Não importa. Alí se encontra alguém querido por alguém.
Certamente em nossa cidade não é diferente.
Ou é?
Lamentavelmente é diferente. Por que?
Nosso cemitério encontra-se lotado. Não há mais lugar para enterrar nossos mortos.
Pior que isso, muitas e muitas campas foram construidas na passagem, entre pequenas vielas, enfim em cada espaço foi colocado alguém. Isso obriga a quem quer visitar um ente querido a pular, pisar, passar por cima das campas alheias.
Talvez para alguém da Administração isso não signifique nada. - Está morto mesmo, talvez alguém diga.
Mas, e o respeito aonde fica? Que maneira é essa de alguém terminar seus dias largado numa cova feita na passagem?
Triste.
O repórter atento pergunta à Prefeita quando teremos o novo cemitério cujo terreno já foi adquirido. A resposta rápida : - Apenas no ano que vêm.
O motivo todos, seja de dentro de Santarém ou de fora, já sabem : Falta de recursos.
Ou seja, trate de não morrer antes do ano que vem, porque certamente se o fizer pode ser que tenha um canto numa viela qualquer ou na passagem dentro do atual cemitério. 
Sempre o ano que vêm.
Realmente 2010 é o ano de redenção. Tudo, tudo será realizado o ano que vêm.
Terminal hidroviário, recuperação de ruas, asfaltamento de ruas, revitalização do mercado, restaurante popular, e até o cemitério novo. Não vamos morrer antes para ver.
Afinal o que um ano eleitoral não faz. Obras , obras e obras. Por que então não se faz antes?
Falta de recursos que chegam sómente em ano eleitoral. Entendeu agora?



Antenor Pereira Giovannini

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